15/02/2017

Retrô 2016: Classics

Não, as bandas clássicas e consagradas do Rock e Metal não vão aparecer só lá na frente desta retrô, elas vão aparecer é agora! Ou melhor, as bandas clássicas e consagradas de segundo escalão que vão aparecer agora. Não que elas sejam inferiores em qualidade ou importância histórica, elas só são inferiores em público, em fama, em relevância na mídia, enfim. Apesar de terem sua importância incontestável, acabam sendo ofuscadas por aquelas bandas de Metal famosonas e super comentadas que já deviam ter morrido sempre ganham todos os holofotes. Por isso este autor vai reunir aqui os lançamentos de bandas clássicas que ninguém devia perder, mas acaba perdendo!

Mas antes, o profeta vai listar alguns lançamentos que... tudo bem se você perder. É que eles não são bons o bastante, sabe? São eles:
  • Lita Ford - Time Capsule: Um belo dia, Lita Ford deu uma geral em sua casa e descobriu algumas demos com canções gravadas nos anos 80, e resolveu lançar elas nesse álbum. E este autor não o recomenda porque só tem duas ou três músicas realmente empolgantes, o resto é só baladinha ou música morna. Ele só é recomendado se for encarado como um álbum póstumo de "gravações raras/perdidas/rejeitadas", porque isso acaba baixando nosso senso crítico.
  • Steve Vai - Modern Primitive: Este é um compilado de músicas rejeitadas que foram gravadas entre o primeiro e segundo disco de Steve. E essas músicas, como ele próprio fala, são estranhas. Estranhíssimas mesmo! Não tem como acompanhá-las, se apegar a elas, investir nelas, porque elas são tão... tão "sei lá", que não dá, não tem como. Talvez um bitolado de Metal Progressivo consiga extrair algum proveito.
  • Dee Snider - We Are The Ones: Nesse trabalho solo do vocalista do Twisted Sister, só vamos encontrar músicas Pop Rock e Pop. Mas não se atrevam a conferir, porque até pra quem curte Pop, esse disco é mediano. E sim, o profeta ouviu o dito cujo! O único ponto positivo, é que Snider tá cantando bem pra caramba.
  • Tyketto - Reach: Na primeira metade do álbum, a banda não soube juntar muito bem a sua melodia com o peso, ficando uma união bem inconsistente. E na segunda metade, as músicas soam bastante genéricas. Triste, mas verdade.
  • Metal Church - XI: É um disco bom sim... Tem músicas bem boas... Mas no saldo geral, acaba não empolgando tanto quanto poderia como álbum.
  • Bon Jovi - This House Is Not for Sale: É muito ruim!!! O Bon Jovi só lança coisa ruim ultimamente!!!
  • Hawkwind - The Machine Stops: Quem quiser conhecer o significado da palavra "datado", que os resenheiros falam tanto, que ouçam esse troço.
  • Rolling Stones - Blue & Lonesome: É ótimo, mas é só um disco de covers.
  • Ace Frehley - Origins Vol. 1: É ótimo, mas é só um disco de covers. [2]
  • Eric Clapton - I Still Do: É só um disco de Blues.
  • Neil Young - Peace Trail: É só um disco de Folk.
  • Jeff Beck - Loud Hailer: É só um disco de... olha, é difícil explicar o que ele é, então vale a pena fazer uma resenha especial, ainda que não seja exatamente uma recomendação, de fato. Que nem os discos do Blackfoot e Amaranthe.
Artista: Jeff Beck
Álbum: Loud Hailer
Estilo: Rock com um pezinho afundado no Alternativo

Jeff Beck é um guitarrista britânico que está em atividade desde 1965, e é um dos músicos mais prestigiados do Rock por seu virtuosismo e criatividade. E também versatilidade, pois apesar de se consagrar pelo Rock clássico, Jeff sempre procura buscar influências novas e expandir seus horizontes. "Loud Hailer" é prova disso, com sua sonoridade altamente contemporânea e com algumas inserções eletrônicas. E pra ajudar nessa proposta moderna, foram convidadas as duas líderes da banda de Future Rock (fala sério, isso é Rock Alternativo) chamada Bones, a vocalista Rosie Bones e a guitarrista Carmen Vandenberg, que acompanham as invencionices e experimentações de Jeff. Rosie, que tem um timbre único, e é auxiliada pela produção que insere texturas e efeitos em sua voz quando a climatização da música pede, se encaixa muito bem na missão de ser porta-voz de letras que abordam temas contemporâneos e críticas sobre o mundo atual. Enquanto isso, na parte instrumental, os guitarristas tocam notas afiadas, estridentes, criativas e exibidas, com Jeff se destacando frequentemente no meio da multidão. Cada faixa do disco é uma surpresa, não se sabe o que esperar. A primeira é basicamente uma voz sábia fazendo um discurso com uma guitarra ao fundo. A terceira é um instrumental eletrônico sujo e vibrante. A décima é um Funk Rock total, a quinta é calmíssima e profunda, a nona vai do sereno ao forte, a oitava eu nem sei pra que que tá no disco, parece uma trilha sonora curtinha de uma cena de suspense, e por aí vai. "Loud Hailer" com certeza não é pra todo mundo, e por isso não está (e ao mesmo tempo está!) nesta retrô.
Faixas:
01. The Revolution Will Be Televised
02. Live in the Dark
03. Pull It
04. Thugs Club
05. Scared for the Children
06. Right Now
07. Shame
08. Edna
09. The Ballad of the Jersey Wives
10. O.I.L.
11. Shrine

Agora sim vamos a ela: